segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Os Monstros". Filme cearense é cansativo


Com diálogo fraco, algumas cenas duram cerca de seis minutos 

Felipe Pedrosa
Aproveitar um festival de cinema para conferir a cara das novas produções independentes pode ser, acredite se quiser, uma roleta-russa. Assim, eu embarquei na sessão  “Os Monstros” – longa-metragem exibido dia 2 de outubro na Mostra Cine BH 2011, no Palácio das Artes.

O filme – dirigido por Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti – traz a história de dois amigos que trabalham com a captação de áudio e um terceiro que “toca”, totalmente desafinado, uma espécie de clarineta. Os dois primeiros estão insatisfeitos na nova empreitada e a esposa do "instrumentista" o coloca para fora de casa.  Assim, os três se reaproximam. O enredo, até aí, justifica a sinopse do filme: “Nenhum homem é um fracasso quando tem amigos”. Mas com o discorrer da trama, ela apresenta-se cansativa e pouco criativa.

O enredo – interessante em alguns momentos – busca dialogar com o espectador, que, provavelmente, sentirá a mesma repulsa mostrada pelo elenco secundário do vídeo. A exemplo, o “músico” faz um show em um bar e todos os fregueses vão embora. Conforme aconteceu na sala, alguns expectadores se levantaram e deram adeus à produção cearense. É nesse joguinho que o longa vai sendo arquitetado.

Adiante, um terceiro amigo retorna para a terra natal e reencontra com os outros companheiros. O novo protagonista é um “guitarrista” incapaz de acertar uma nota se quer. Com a sua chegada, pode-se imaginar o que está guardado nos próximos minutos.

Salvando um ou dois quadros, “Os Monstros” mostra um cinema de observação, em que a câmera se mantém parada em uma única cena por minutos. O suporte, embora seja cult, é cansativo e não gera nenhum prazer cinematográfico. Principalmente por permanecer longos minutos sem uma única ação e, por vezes, focalizado nos atores  não coincidentemente os próprios diretores.

3 comentários:

  1. Retrocesso cinematográfico total.
    Se acham que só afeto (que por sinal é ingenuamente retratado) pode salvar um filme, estão muito enganados. Éh um pena ouvir-se falar que essas pessoas tem feito um cinema vivo e revigorante. Na verdade tem feito cinema fraco, preguiçoso e cheio de desculpas pra se justificar.

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  2. Resumindo: é chato pra caralho! Rs.

    Depois de ler seu post não dá vontade nenhuma de ver a produção, mas é sempre bom ser teimosa e assistí-lo para confirmar ou não a impressão do crítico.

    Parabéns pela riqueza de detalhes mais uma vez. Linguagem cada vez mais cult. Hahaha!

    Bj moço

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