segunda-feira, 28 de novembro de 2011

A voz singular de Gabriela Pepino

Cantora mineira lança seu primeiro disco na próxima quarta-feira,
dia 30, no Teatro Sesiminas

Jazz e blues alimentam a musicalidade de Gabriela

Felipe Pedrosa
Pura. Assim é a entonação de Gabriela Pepino  uma mineira de 24 anos que desde novinha tinha uma certeza: "ser cantora", conforme revelou ao blog A Alternativa. Lançando seu primeiro trabalho solo, com 11 faixas autorais e a releitura de "Someone To Light Up My Life", de Tom Jobim e Vinícius de Moraes, e "I Don't Wanna Fight", da Tina Turner, ela fala sobre o início, sobre as suas composições em inglês e revela um dos seus inúmeros sonhos: gravar um DVD da turnê de lançamento do álbum "Let me do It", que começa na próxima quarta-feira, dia 30, no teatro Sesiminas.

Por que você começou aos 12 anos na música e como foi esse início?
Sempre tive vontade de ser cantora. A arte está em minha vida desde os três anos de idade, quando comecei a fazer ballet  foram dez anos de dedicação. Mas o canto era a minha melhor forma de expressão e resolvi fazer aulas para aprender as suas técnicas, pois, não basta ter uma voz boa, é preciso desenvolver o talento. Fiz uma seleção na Babaya Escola de Canto e entrei. A partir dai, comecei a fazer pequenas apresentações que eram oferecidas pela escola. Então, tive certeza de que seria cantora e que a música estaria na minha vida para sempre.

No disco "Let me do It", as faixas foram compostas em inglês. Elas caminharam para ser em outra língua naturalmente ou já era a sua proposta?
Essa era a minha proposta desde o início. Compor em inglês é algo natural para mim. Acredito que a música tem uma linguagem universal e o inglês é, hoje, a língua mais universal que existe. Além das minhas influências serem, em grande parte, norte-americanas e inglesas.

Na safra de canções que recheiam seu rebento, uma é do Tom Jobim e Vinícius de Morais e a outra da Tina Turner. Como elas foram selecionadas e o que representam para você?
Ambas as músicas são muito importantes para mim. Queria escolher um compositor brasileiro para fazer parte do disco. Ninguém melhor que o poeta Tom Jobim para representar, além de ser um compositor universal. Escutando “Se todos fossem iguais a você”, percebi que a melodia ficaria maravilhosa em inglês. Procurei e vi que tinha a versão do próprio Tom na língua estrangeira. Decidi, então, gravá-la. A da Tina Turner é uma inspiração de garra, força e luta — o que é visível em sua voz e em suas apresentações. Essa musica, em especial, lembra a minha infância, pois meus pais colocavam sempre ela.

No show de lançamento aqui em BH, o que o público pode esperar? Alguma surpresa? O repertório na integra?
No show, haverá o repertório do CD e algumas surpresinhas. Mas não posso adiantar nada! (risos) Só posso dizer que a banda é maravilhosa e terá a participação da orquestra do Sesiminas. Quem for vai se surpreender!

Você pretende registrar as apresentações de "Let me do It" em DVD?
Num futuro próximo, sim! Em 2012, trabalharemos muito no álbum. O DVD vem depois. Mas, definitivamente, é uma vontade que tenho.

Serviço
O quê: Show da cantora Gabriela Pepino
Onde: Teatro Sesiminas (rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia)
Quando: Quarta-feira, dia 30/11/2011, às 21h
Quanto: R$ 2
Contato: (31) 3241-7181

sábado, 26 de novembro de 2011

#Sete_List: Philippe Albuquerque

Inquieto. Agradável. Tranquilo. Andarilho das artes. Ora compõe poemas, ora traduz os versos em seus cliques. Philippe Albuquerque, 22 anos, é designer gráfico e compositor. Ele, aliás, anda de mãos dadas com a música e auto se descreve: "De hábitos bem comuns. Não dispensa uma boa música para acompanhar qualquer momento". O cinema, as artes plásticas e uma boa conversa estão entre seus gozos diários.

"Músicas para ouvir enquanto caminha", define Philippe,  autor deste #Sete_List.

1. Thaís Gulin – "Cinema Americano"
2. Chico – "As Atrizes"
3. Nina Becker – "Ela Adora"
4. Karina Buhr – "Avião Aeroporto"
5. Devendra – "Carmensita"
6. Adriana Calcanhoto – "Pode se Remoer"
7. Les Passants – "Zaz"

Por: [philippe_albuquerque]


Faixa 1: Thaís Gulin, a dona do coração do Chico Buarque, e seus versos.


sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Sexta do Baculejo #3

Música, música e um cineminha para fechar o fim de semana

Felipe Pedrosa
Os astros conspiram ao nosso favor. A sexta-feira, enfim, amanheceu. Vamos baculejar, simpatias. 2012, afinal, pode ser o fim de nossas vidas.

Hoje, #sexta-feira de "meudeus", a Sexta Básica! Panis & Circense chega, mais uma vez, no Mercado das Borboletas — ali na Olegário Maciel, bem no Centro da nossa capital. Com música alta e de bom gosto, as gatinhas e os gatinhos vão balançar o esqueleto. O "movi" começa às 22h e a entrada é R$ 20 pratas. 

Direto de pernambuco, com seu cavaquinho eletrizante, Fred Zeroquatro e o Mundo Livre S/A estão em Beagá nesta #sexta-feira, dia 25, e neste #sábado, dia 26. Detalhes desse show flamejante no post "Pernambuco e Aqui!"

Mas se a brasilidade de pernambuco não está no seu cardápio, a Semana da Consciência Negra, amanhã, dia 26, reina no Centro Cultural Venda Nova. A entrada é franca e o telefone para mais detalhes é (31) 3277-5533. 

Se jogou? A #domingueira, então, é de seca, de falta de grana: "Cadê os meus putos no bolso", você deve ter questionado. Não fique desesperado! Vai até o cinema e assista "A Pele Que Habito", do mestre Almodóvar. Esse filme não pode faltar em sua filmografia e no cinema o cartão de crédito é aceito normalmente.

"A Pele que Habito" tem Antonio Bandeiras no elenco

Pernambuco é aqui!

Mundo Livre S/A lança novo rebento hoje e amanhã em BH


Mundo Livre S/A lançam o sexto disco de estúdio


Por Felipe Pedrosa
Jornal Super Notícia

Cavaquinho psicodélico, distorções vocálicas e fortes resquícios de um manguebeat, que projetou o Mundo Livre S/A para todo o país, estão presentes no novo rebento da banda, o “Novas Lendas da Etnia Toshi Babaa”, lançado este ano pela Coqueiro Verde.

O álbum, que perpassa os mesmos assuntos martelados pelo grupo desde o aclamado disco “Samba Esquema Noise”, de 1994, será apresentado na integra nos shows do seu lançamento hoje e amanhã, dias 25 e 26, respectivamente, no Granfino’s (av. Brasil, 326, Santa Efigênia), a partir das 22h. 

É claro que o Mundo Livre S/A não deixará de fora do repertório clássicos da sua safra musical, como “Manguebit”, “Negócio do Brasil”, “Meu esquema”, “Melô das musas”, “Partilhas Coloridas”, entre outros.

Dobradinhas
Para a noite de hoje, os pernambucanos contam com a apresentação de abertura de Deco Lima e O Combinado e a discotecagem valorosa do DJ Luiz Valente – o cara limita-se a tocar vinis em suas apresentações.

Amanhã, o ponta pé inicial será ao som dos belo-horizontinos da Spooler. A discotecagem fica com os garotos da Black Broder, DJ Yuga e DJ Thiagão.

Os ingressos, à venda na Black Boots (rua Fernandes Tourinho, 182, Savassi), custam R$ 30 antecipado. Mais detalhes pelo telefone: (31) 3241 - 1482. 

E mais...

Os próximos pernambucanos a desembarcarem na capital mineira são os integrantes do Eddie, que lançam o disco “Veraneio” em dezembro, no Granfino’s.


*Matéria publicada no jornal Super Notícia do dia 25/12/2011
*Foto: Duda Lemos

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Zumbis da cultura pop

Popeye é um dos mortos vivos da série
"Zombie Potraits" de André de Freitas

Felipe Pedrosa
Batman, Homem de Ferro, As Tartarugas Ninjas, Charlie Brown, Tintin, dentre outros personagens ícones da cultura pop, viraram zumbis nos traços do desenhista André de Freitas. 

O peruano, que ora ilustra, ora fotógrafa, deu vida aos mortos vivos na série "Zombie Portraits"  disponível no site www.andredefreitas.com. Além de protagonistas de animações, personagens do cinema, como o açougueiro Bill The Butcher, do longa-metragem "Gangues de Nova York", estão lá.

sábado, 19 de novembro de 2011

#Sete_List: Ana Luíza Gonçalves

É Domingo
Você abre os olhos e não acredita. Ela não está onde deveria, mas te sorri tímida do porta-retratos, que você não consegue expulsar da estante. Os ponteiros marcam algo entre o número oito e o número nove, mas você não sabe quantas horas ainda faltam praquela dor acabar. Você acende um cigarro pra tentar diminuir a vida. Na cama, travesseiros ocupam o lugar do corpo dela e lá fora chove a cântaros.

Lê-se: Solidão.


"Sete músicas para você escutar quando abrir os olhos e não encontrar nenhum braço pra usar 
de travesseiro", Ana Luíza Gonçalves.

1. Amy Winehouse 
 "Wake up Alone"
2. Cazuza – "Eu Queria ter uma Bomba"
3. Johnny Cash – "You are My Sunshine"
4. Cícero – "Ensaio Sobre Ela"
5. Cat Power – "Wonderwall"
6. Bárbara Eugênia – "Por aí"
7. Maria Bethânia – "Anos Dourados"

Ana Luíza Gonçalves é uma mentirosa! Não se pode acreditar em quem joga a solidão no vento assim. Blog:
 www.eagorafacooque.blogspot.com

Faixa 6:
Bárbara Eugênia, em "Por Aí".


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sexta do Baculejo #2

Sensualidades no Eletronika, corpos sarados na Praia da Estação e
muita brasilidade com o baiano Carlinhos Brown

Rubinho Troll é um dos destaques do Festival Eletronika 2011


Felipe Pedrosa
E aí, simpatias, tudo certo? O Festival Eletronika 2011, sem sombra de dúvidas, é a melhor pedida para este fim de semana de sensualidades na terra das alterosas. A programação musical do movimento, que é realizado desde 1999 em Belo Horizonte, começou no dia 16 e vai até amanhã, dia 19, no Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, Centro). Lá, ainda, poderá ser apreciado nesta  #sexta-feira os shows de Ligalingha, Surtek, Dr. Min e os Controladores de Voltagem e no #sábado Rubinho Troll, Kisses, Brian Mckern, entre outros. Confira a programação completinha no site http://festivaleletronika.com.br.

Aproveitando a dobradinha
#sexta e #sábado, o espetáculo "Sonho Para Vestir", com texto e interpretação da atriz Sara Antunes, será encenado, apenas nesses dois dias, na Funart (rua Januária, 68, Floresta). A peça tem como fio condutor o que se escolhe para viver. Detalhes desse programa, menos sensual e mais visceral, pelo telefone: (31) 3225-7521.


Usem filtro solar!
"Sábado de sol, embarquei no metrôzão. Para encontrar a galera, na  praia da estação. Chegando lá, mais que beleza". Parafraseando os gênios dos Mamonas Assassinas, o versinho é um convite sedutor para gritar "FORA LACERDA" e baculejar na Praça da Estação, aliás, na Praia da Estação, amanhã, dia 19, a partir das 14h.

Para fechar, fechadinho, sensual, baculejante, um dos mestres da brasilidade, Carlinhos Brown, sobe ao palco do Palácio das Artes, no
#domingo, para fazer todo mundo dançar. O músico, que apresenta o show "Romântico Ambiente", recebe nessa apresentação grandes nomes mineiros, como Meninas de Sinhá e Renegado. Detalhes no ciberespaço: http://fcs.mg.gov.br 

*Fotos disponíveis na internet, a terra de ninguém.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

"Vapor fino"

Macalé revê amigos em projeto que vai virar DVD

Renato Vieira

Jards Macalé se apresentou
este ano em Belo Horizonte
Não há na música brasileira figura como a de Jards Macalé. Desde seu desafio à ditadura  ao anunciar metaforicamente que havia um “morcego na porta principal”, ao defender Gotham City no quarto Festival Internacional da Canção , passando pelas críticas à Chico Buarque em violento artigo para a Folha de São Paulo no final de 1980   quando este trocou a Polygram pela Ariola e embolsou luvas astronômicas para a transferência. Nessa mesma época, Jards chamou os diretores da indústria fonográfica de “atravessadores”. Ele não poupou nem mesmo Caetano e Gil, seus companheiros de Tropicália, acusando-os de terem “se vendido ao sistema”. Sempre atrelado à característica de maldito, Macalé não conseguiu o sucesso nacional como outros que também eram considerados “difíceis” pela indústria, como Sérgio Sampaio – que chegou a vender 300 mil exemplares do compacto “Eu quero é Botar Meu Bloco na Rua” — e Walter Franco  restrito a um só público. Canções de sua lavra, afinal, como "Vapor Barato", "Mal Secreto", "Anjo Exterminado" e "Movimento dos Barcos" podem ser consideradas clássicos da música brasileira. 

Depois do documentário “Jards Macalé: um morcego na porta principal”, ele lança, agora, “Jards”, 13º disco de sua carreira. O álbum é um desdobramento de um DVD, ainda a ser lançado, feito pelo cineasta Eryk Rocha, filho de Glauber Rocha.

Álbum.
O disco abre com "Juízo Final", de Nelson Cavaquinho, com participação de Elton Medeiros, em uma gravação sem impacto. O mesmo acontece com "Unicórnio", do compositor cubano Silvio Rodriguez. "Black and Blue", clássico de Louis Armstrong, tem um tom bem definido de homenagem ao cantor americano, já que Macalé o imita com perfeição. O fino do disco, entretanto, são as regravações do próprio Jards. Simples, porém seguras. 
Thaís Gulin, que regravou "Revendo Amigos", também presente neste novo rebento, participa de "Hotel das Estrelas". A faixa surpreende por conseguir rivalizar com a interpretação de Gal Costa, lançada no disco "Legal", de 1970. Frejat participa de "Mal Secreto" e Luiz Melodia canta com o anfitrião “Negra Melodia”, feita em homenagem a ele. Ava Rocha é uma grata surpresa em “Berceuse Criolle”. 

Jards vem de dois discos só de regravações: “Real Grandeza”, só com parcerias com Waly Salomao, morto em 2003, e “Macao”, de 2008. Mas a força do disco, arranjado por Cristóvão Bastos, é no contraste entre arranjos pesados, caso de “Só Morto (Burning Night)” e de momentos em que há pouca instrumentação, como “Soluços”, em que ele só há o acompanhamento do artista ao violão. Ambas as faixas fizeram parte do primeiro compacto de Macalé, de 1970, e só agora são regravadas por ele. Apesar de não ser o melhor interprete de suas canções, o compositor carioca rebobina "Dona de Castelo" e "Movimento dos Barcos" (esta com um excepcional arranjo de cordas) em uma boa interpretação, realçada pelo piano valoroso de Bastos.

 
Pra fechar, uma surpresa: "Mulheres", obscura parceria de Macalé com Zé Ramalho, gravada uma única vez pelo parceiro paraibano em 1984. Tal fecho dá a entender que ainda há muito a ser descoberto no baú de Macalé. E por isso é bastante válido que ele continue a pescar suas pérolas.

Jards/ 2011 (Biscoito Fino)
1. Juízo Final, com Elton Medeiros
2. Revendo Amigos (Volto pra Curtir)
3. Dona de Castelo
4. Hotel das Estrelas, com Thaís Gulin 5. Black and Blue 
6. Negra Melodia, com Luiz Melodia 
7. Soluços
8. Só Morto
9. Movimento dos Barcos
10. Mal Secreto, com Frejat
11. Unicornio
12. Berceuse Crioulle, com Ava Rocha
13. Mulheres

Macalé, que ficou 10 anos sem gravar, teve a canção
"Vapor Barato" regravada em 1996 pelo O Rappa, sendo
 
catapultado de volta ao mercado fonográfico.

sábado, 12 de novembro de 2011

#Sete_List: Lucas Pig

Lucas Machado, conhecido no planeta terra como o jovem Pig, é publicitário e Pós-graduado em Gestão Estratégica de Marketing. Afora suas atividades profissionais, ele tem um affair com o hard core e o punk rock. "Mas isso não me torna bitolado. Muito pelo contrario, sou bem eclético", garante. No seu #Sete_list deste sábado,  dia 12, ele vai das releituras que o Easy Star All Stars fez para discos emblemáticos da música mundial até o som dos capixabas do Dead Fish, banda que se apresenta hoje no Flaming Night (http://miud.in/114g). Ele, ainda, destaca o rock gaúcho do Bidê ou Balde e os mineirinhos do Udora. "O Udora, que lançou um novo trabalho, faz um pop rock bem feito e que cai bem aos ouvidos", afirma.

1. Easy Star All Stars – Money (Pink Floyd Cover)
2. Bidê ou Balde – É Preciso dar Vazão as Sentimentos
3. Udora – Belle Époque
4. Hot Water Music – Not For Anyone
5. A Day To Remember – 2sucks
6. Dave Matthews Band – Crash Into Me
7. Dead Fish – Venceremos

Faixa 6: "Essa é a minha banda preferida para relaxar. Músicas bem feitas e com um belo vocal. No ano passado, eu realizei um sonho ao ver o show deles no SWU", Lucas Pig.


Lucas Pig está no Twitter: @Lucaspig 

*O #Sete_List, com as sete mais para algum fulano ou sicrano, será publicado todo sábado.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Sexta do baculejo #1

Discotecagem, rock'n'roll e quadrinhos neste fim de semana

Felipe Pedrosa
Salve, salve, simpatias! Hoje o dia amanheceu cabalístico. A data, talvez, seja reveladora. Dia 11/11/11, o que isso quer mesmo dizer? Não sou médium, profeta ou pai de santo para tal explicação. Mas, enquanto o sol aquece o alto da minha cabeça, vou esquentando as ideias para uns baculejos neste fim de semana.

Rodrigo, do Dead Fish, e seus berros
Aproveitando a data, em partes, bizarra, o Granfino's (av. Brasil, 326, Santa Efigênia) promove nesta #Sexta-feira o "11/11/11". Para sensualizar na pista, os DJs Zubreu (OI FM), Deivid (Alta Fidelidade), Thiagão (Black Broder), JJBZ (Alta Fidelidade) e Fael (Alta Fidelidade) mesclam alguns ritmos, a latinidade e a brasilidade a partir das 22h. Detalhes pelo telefone: (31) 3241-1482 / 8388-0819.

Chegando em sua 20ª edição, o Flaming Night traz a Belo Horizonte Dead Fish, Autoramas e Skacilds. O Music Hall (av. Contorno, 3.239, Santa Efigênia), neste #sábado, será de muito baculejo. Rock, ska e hard core vão embalar a noite que não será de ye, ye, ye. Detalhes na 53 HC, (31) 3271-7237.

Na #domingueira, como não podia deixar de ser, a indicação é desenhada, contornada, colorida e palatável aos olhos. O 7º Festival Internacional de Quadrinhos de Belo Horizonte  FIQ BH 2011, realizado desde o dia 9 na Serraria Souza Pinto, se despede e se você não for, se você não for, será mulherzinha do padre. Detalhes no site: http://fiqbh.com.br/
Agora, se você prefere pipoca, coca-cola e cinema lotado, o longa-metragem "Os 3" estreou. Tá afim?



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Rock das garotas

Realizando cerca de um show por mês, a banda Tia Marei
já pensa em um registro autoral

Além de BH, Tia Marei já tocou em Santa Bárbara, no interior de Minas

Felipe Pedrosa
Foi fazendo um som despretensioso que a banda Tia Marei ganhou vida. Este ano, inclusive, o quarteto belo-horizontino completa três anos e já colhe alguns frutos: “Fazemos, em média, um show por mês”, conta Bárbara Monteiro, que, além de tocar contrabaixo, bateu um papo com A Alternativa. O grupo, que faz releituras do rock'n'roll e desfia canções autorais, se apresenta amanhã, dia 10, a partir das 22h, no Major Lock Pub.

Como surgiu o desejo de visitar canções do rock'n'roll?
O rock é o que nos une. É uma paixão! Diante dessa afinidade com o ritmo e com o estilo, consentimos em reproduzir e criar músicas do gênero.

Vocês pensam em gravar um disco?
Temos uma quantidade boa de canções, mas nem todas estão acabadas. Um dos nossos sonhos é gravar um disco autoral e estamos nos planejando.

Essas faixas são arquitetadas no rock clássico?
Ainda que o rock e o blues sejam a grande influência, o fato de nossas canções serem em português as deixam diferentes. A pegada brasileira da outro valor às faixas.

Rola algum preconceito pela banda ser de meninas?
Quando as pessoas veem uma banda só de mulheres, elas estranham. Quando falamos que tocamos rock, elas imaginam que serão músicas muito delicadas ou muito agressivas – como se não houvesse meio termo. Ainda que exista esse senso comum, creio que conseguimos tirar muitas vantagens.

Vocês possuem outras atividades?
Sim, todas fazemos faculdade. Eu e a Júlia estamos na publicidade, a Letícia no direito e a Paula na engenharia elétrica. A universidade nos permite fazer contatos e amigos, além de complementar a criatividade musical.

Integrantes

Paula Selegato (Guitarra e vocal)
Júlia Gutierrez (Guitarra e vocal)
Bárbara Monteiro (contrabaixo e vocal)
Letícia Cruz (Bateria)

Serviço
O quê: Show da Tia Marei
Onde: Major Lock Pub (rua Major Lopes, 729, São Pedro – Beagá)
Quando: Amanhã, dia 10/11/2011
Quanto: R$ 30 (masc.) e R$ 20 (fem.)
Contato: (31) 9733-1453

Na rede:


segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O Rappa é O Rappa

Em passagem por Belo Horizonte, músicos mostraram que os toques do candomblé, o rap, o rock e o hard core possuem o mesmo DNA

Das bandas dos anos 1990, O Rappa resistiu sem perder a qualidade 

Felipe Pedrosa
O Rappa está revigorado. Nenhum outro termo descreve a sintonia e a energia que a banda apresentou no Chevrolet Hall em Belo Horizonte no último domingo, dia 6. Após dois anos, praticamente, longe dos palcos, os músicos sabem envolver o público em seus riffs e nas suas letras, ora política, ora romântica.

O show “Valeu a Pena”, inicialmente programado para acontecer apenas no sábado, dia 5, na capital mineira, teve que ganhar mais uma data na agenda dos músicos. E o público, além de comparecer em peso, interagiu muito bem ao set list apresentado.

Após um vídeo, quase que institucional, Marcelo Falcão, Marcelo Lobato, Lauro Farias, Alexandre Menezes e a banda de apoio rugiram junto ao público os versos da canção “Lado B, lado A”, um ícone do disco homônimo lançado em 1999. Dali em diante, canções dos sete discos da carreira da banda seriam costuradas como um novelo de lã – leve, quente e dotado de muita beleza poética. Até faixas que se tornaram maçantes, como “Pescador de Ilusões”, tornam-se interessantes na miscelânea de ritmos da banda. Eles sabem, como poucos, misturar a batida dos terreiros de candomblé, rap, rock’n’roll e hard core num único som.

Falcão toma tequilas e manda, vez
ou outra, mensagens para o público
O palco, como era de se esperar, parecia pequeno para os giros e o balançar dos dreadlocks do vocalista carioca. Ao fundo, caixas de madeira compunham o ambiente e recepcionavam projeções de desenhos, paisagens e o nome das músicas que eram, facilmente, desfiadas ali.

Sem fugir do repertório autoral e sem convidados locais, O Rappa cedeu espaço apenas para o DJ Negralha comandar a faixa “É o Moio”, do grupo Pentágono. Para fechar, sem o velho clichê do “mais um”, O Rappa disse quem estava ali: “Somo crioulo doido somo bem legal. Temos cabelo duro somo black power”. Versos da faixa “Ilê Aye”, do disco “Rappa Mundi”, de 1996.

Novidades. A imprensa, desde o fim de outubro, está falando sobre a volta do O Rappa e, de quebra, explorando o surgimento de um disco de inéditas. Segundo o site da "Folha de São Paulo", esse novo filho deverá sair até o fim de 2012 e será recheado com cerca de 13 faixas. Essas, segundo o portal, serão lapidadas de um montante de 80 e gravadas no estúdio do tecladista Lobato.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Autoquestionamento

"O Palhaço" é uma ótima opção para o pré-réveillon, momento de reflexão sobre "quem", realmente, somos


A tristeza é tema central dos filmes dirigidos por Selton Mello


Felipe Pedrosa
Selton Mello, por mais que ele queira, não conseguirá desenvencilhar a história de Benjamin – protagonista do seu segundo longa-metragem, “O Palhaço” – da sua própria. Ele, talvez, nem faça questão de separar as duas trajetórias. “Desde os 8 anos de idade estou nessa profissão, e estou em crise há pelo menos uns 30 anos”, disse, em entrevista ao caderno Magazine, do jornal “O Tempo”.

Mais que fazer um autoquestionamento em cena, o filme – de difícil adequação em um único gênero – discute a fonte do riso de um palhaço, a presença feminina na vida de um ator mambembe  seja ela como impulsionadora da felicidade ou até como oportunista – e a questão do talento – representado, nesse caso, por um prefeito que deseja que seu primogênito seja artista.

As semelhanças com Selton, a princípio, são perceptíveis em pequenos detalhes. Benjamin (Selton Mello) após abandonar o circo vai em rumo a cidade de Passos, onde, além de encontrar Aldo (Danton Mello), ele se redescobre artista. A cidade mineira, aliás, é a sua terra natal e é o lugar onde o personagem retira sua identidade.

Jorge Loredo e Ferrugem, que aparecem rapidamente em cena, trazem a tona, talvez, algumas possíveis referências do ator mineiro nos anos 1980.

O Filme. Benjamin está cansado da rotina do Circo Esperança. Lá, ele interpreta o palhaço Pangaré ao lado do seu pai, o palhaço Puro Sangue (Paulo José). Em crise existencial e com o velho mito do palhaço triste, Benjamin sai a procura da sua identidade. O artista mambembe, com o passar dos dias, se reencontra com seu próprio talento.

Sempre caricato, os olhares do ator revelam muito na narrativa cinematográfica 


Com cerca de 1h30, “O Palhaço” é engraçado e inteligente. Sutil e descarado. Rico e pobre. Leve e pesado. Não é errôneo dizer que Selton Mello, como diretor, acertou o ponto certo da receita. O longa-metragem serve para entreter e refletir. Efeito, esse, pouco saboreado por aí – principalmente no cinema nacional.

*O filme estreou no circuito comercial na última sexta-feira, dia 28 de outubro.