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Em 2009, FHC visitou um arsenal de armas apreendidas pela polícia carioca |
Felipe Pedrosa
Sem apologias. Acredite!
O filme “Quebrando o Tabu”,
embora trabalhe sobre a premissa da descriminalização das drogas – tendo sempre como
foco a Cannabis Sativa –, não traz nenhum
discurso a favor dos usuários de entorpecentes. O diretor Fernando Grostein Andrade,
porém, define bem o seu ponto de vista: a maconha deve, urgentemente, ser
descriminalizada.
Rodando o planeta – ora no
Brasil, ora em outros países –, o personagem central do documentário é o
ex-presidente do Brasil Fernando Henrique Cardoso. Ele, aliás, visita escolas
norte-americanas, favelas brasileiras e aparece, vez ou outra, em entrevistas aos telejornais da
emissora do jardim Botânico, a rede Globo. FHC, ainda, explica o porquê não
entrou nesse assunto quando exercia o cargo de presidente, entre 1994 e 2002. “Eu não tinha consciência
e gravidade do que significava esta questão, naquela época, como eu tenho hoje”, disse diante das câmeras.
Com a fluidez de uma comédia romântica, o longa-metragem é
digestivo e apenas complementa o pensamento de quem já problematizava as ações contra os usuários de drogas. Para quem sempre evitou o assunto e,
consequentemente, estabeleceu um preconceito, o documentário abre a mente,
principalmente, por trazer em destaque entrevistas com personalidades
internacionais, como Bill Clinton, Drauzio Verella, Jimmy Carter, Paulo Coelho, entre outros.
Apesar de erguer a questão da descriminalização e
fundamentar o discurso em importantes figuras, “Quebrando o Tabu” peca por não
trazer o ponto de vista de dependentes químicos. Apenas um rapaz, usuário de maconha, foi
entrevistado.
Afora as falhas e as “celebridades”, o documentário é rico em arquivo de imagens e em dados – tanto nacionais, quanto internacionais. Assim, o vídeo calha, é claro, como ótimo objeto de estudo e fonte de pesquisa.
"O documentário abre a mente"... Sei! Hahaha.
ResponderExcluirNão vi e até hoje não me despertou interesse para assistí-lo. Quem sabe dia desses...
Altos pontos negativos do doc, boa percepção.
Bj