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Com diálogo fraco, algumas cenas duram cerca de seis minutos |
Felipe Pedrosa
Aproveitar
um festival de cinema para conferir a cara das novas produções independentes pode ser, acredite se quiser, uma roleta-russa. Assim, eu
embarquei na sessão “Os Monstros” – longa-metragem exibido dia 2 de outubro na Mostra Cine BH
2011, no Palácio das Artes.
O
filme – dirigido por Guto Parente, Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti
– traz a história de dois amigos que trabalham com a captação de áudio e um
terceiro que “toca”, totalmente desafinado, uma espécie de clarineta. Os dois
primeiros estão insatisfeitos na nova empreitada e a esposa do "instrumentista" o
coloca para fora de casa. Assim, os três
se reaproximam. O enredo, até aí, justifica a sinopse do filme: “Nenhum homem é
um fracasso quando tem amigos”. Mas com o discorrer da trama, ela apresenta-se cansativa e pouco criativa.
O enredo – interessante em alguns momentos – busca dialogar com o espectador, que, provavelmente, sentirá a mesma repulsa mostrada pelo
elenco secundário do vídeo. A exemplo, o “músico” faz um show em um bar e todos
os fregueses vão embora. Conforme aconteceu na sala, alguns expectadores se levantaram e deram adeus à produção cearense. É nesse joguinho que o longa vai sendo arquitetado.
Adiante,
um terceiro amigo retorna para a terra natal e reencontra com os outros
companheiros. O novo protagonista é um “guitarrista” incapaz de acertar uma
nota se quer. Com a sua chegada, pode-se imaginar o que está guardado nos próximos
minutos.
Salvando
um ou dois quadros, “Os Monstros” mostra um cinema de observação, em que a câmera
se mantém parada em uma única cena por minutos. O suporte, embora seja cult, é cansativo e não gera nenhum prazer cinematográfico. Principalmente
por permanecer longos minutos sem uma única ação e, por vezes, focalizado nos atores – não coincidentemente os próprios diretores.
Retrocesso cinematográfico total.
ResponderExcluirSe acham que só afeto (que por sinal é ingenuamente retratado) pode salvar um filme, estão muito enganados. Éh um pena ouvir-se falar que essas pessoas tem feito um cinema vivo e revigorante. Na verdade tem feito cinema fraco, preguiçoso e cheio de desculpas pra se justificar.
filme com efeito retardado.
ResponderExcluirResumindo: é chato pra caralho! Rs.
ResponderExcluirDepois de ler seu post não dá vontade nenhuma de ver a produção, mas é sempre bom ser teimosa e assistí-lo para confirmar ou não a impressão do crítico.
Parabéns pela riqueza de detalhes mais uma vez. Linguagem cada vez mais cult. Hahaha!
Bj moço